No início de tudo, eu achei que seria mais fácil e fiquei feliz pelos dias livres na agenda. Com o tempo, a rotina se fez presente e começou a me apertar de todos os lados. A mudança, as caixas, os poucos trabalhos como fotógrafa, os muitos trabalhos como mãe e dona de casa. Nos mudamos e deu uma nova oxigenada. Foram dias em função de tantas caixas, obras e tudo o que envolve uma mudança. Dias depois caiu a ficha deste tempo que vivemos. Os finais de semana sem trabalho eram de melancolia e sem ânimo. Confesso que tive dias muito duros e sem forças, aí vinham 2 serzinhos me despertar para a realidade de que eles precisavam de mim por inteiro.
No momento, estou procurando reagir diante dos fatos. Tentando ser uma dona de casa melhor, uma mãe ainda mais presente, uma esposa que cuida do seu amor e procurando enxergar dias melhores para o meu trabalho. Toda vez que sou chamada para registrar alguma história é um alívio de que tudo isso vai passar. Procuro me agarrar nesses dias para sobreviver aos dias duros.
Tenho enfrentado algumas batalhas com a maternidade, muitos questionamentos, tomadas de atitudes, procurando propiciar a manutenção da saúde mental dos meus filhos, mas a verdade é que eles tem sentido esse duro golpe da pandemia e por mais que eu me esforce, faça de tudo para tirá-los desse furacão, o pedido pra ter a vida como era antes sempre volta à tona. Ahhhh, quantas vezes ouço o pedido de ir pra escola. Já é quase um passeio sagrado passar na frente dela pra matar as saudades.
Tem sido um período de reconstrução de ideias, de entendimentos, de vivências e de práticas. Eu que amo cozinhar já enjoei do meu tempero, veja só.
Como eu disse a uma amiga, estou exausta mesmo tendo todos os melhores privilégios que um ser humano pode ter: família, amor, filhos, casa, alimentação de qualidade e um trabalho que amo.
Hoje foi um post desabafo. Amanhã vai ser um dia melhor.
Foto: Laura, durante a festa da Pietra, sacuda dos primos que não paravam de atormentá-la